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ANGRA DOS REIS
Administração da Santa Casa passa por avaliação
Falta de aparelhagem e profissionais são dois dos problemas enfrentados na Santa Casa

Transtornos: Falta de aparelhagem e profissionais são dois dos problemas enfrentados na Santa Casa

Após a intervenção realizada na semana passada na administração da Irmandade Santa Casa de Misericórdia (Hospital e Maternidade Codrato de Vilhena), de Angra dos Reis, a administração da unidade "está sendo radiografada", segundo o interventor Guilherme Fidalgo.
Para ele, esse primeiro mês servirá para ser realizada uma "radiografia da situação" de forma mais apurada. Para operar a intervenção, junto com Fidalgo assumiu nesta semana uma comissão de gestão administrativa.
- Inicialmente a comissão terá onze membros, mas estamos estudando a possibilidade de "enxugar" esse número o máximo possível. Todos são funcionários do município e vão ocupar funções estratégicas na Santa Casa. A maioria é especialista em gestão de saúde - explicou Fidalgo.
Seguindo a recomendação do Ministério Público, a prefeitura de Angra iniciou um período de intervenção na Santa Casa.
- Já havia um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público para avaliar os serviços prestados pela Santa Casa. Tanto que, nesse meio tempo, vínhamos realizando constantes reuniões com a direção da unidade para saber como andava o hospital. Mas sabíamos da nossa responsabilidade, e como o MP nos recomendou a intervenção, decidi fazer imediatamente, antes que a situação se agravasse - explicou o prefeito em exercício, Essiomar Gomes (PP).
A recomendação do Ministério Público para a intervenção se deu em virtude dos problemas apresentados pelo hospital, que vêm causando a paralisação e o mau funcionamento dos serviços de saúde. Além disso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem questionando a prestação de contas da unidade há alguns anos. A Santa Casa é uma instituição privada, mas que recebe verbas públicas e atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O repasse anual feito pelo município para a instituição é de aproximadamente R$ 25 milhões, sendo que R$ 9 milhões são recursos próprios. O restante do valor vem do estado e da União. Essiomar afirmou que, durante o período de intervenção, será preciso reforçar o repasse do município à Santa Casa para R$ 11 milhões.
- Nos últimos meses estávamos repassando cerca de R$ 2 milhões mensais à Santa Casa. Mas para que os serviços sejam retomados logo, e com qualidade, obviamente iremos aumentar o repasse feito - afirmou Essiomar.
Quanto a possíveis demissões, o interventor Guilherme explica que muitas questões sobre a administração da unidade ainda estão sendo definidas.
- Nosso objetivo maior é analisar o que está acontecendo no hospital e, acima de tudo, melhorar a qualidade dos serviços prestados pela Santa Casa. Com o tempoveremos outras situações, se será necessário ou não demissões e demais mudanças. O mais importante é garantir o atendimento à saúde da população angrense - argumentou Fidalgo.
Confira a matéria na íntegra na edição impressa do DIÁRIO DO VALE deste domingo (29)



 

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